Exame médico constata que criança não sofreu abuso sexual, em Conceição

À polícia, a genitora afirmou ainda que a pequena era tocada constantemente em suas partes íntimas e seios, mas isso não foi comprovado, e o homem negou.

Por Vale do Piancó -PB em 18/10/2021 às 17:25:34
 Foto: Tadeu Gomes/DOL

Foto: Tadeu Gomes/DOL

Um exame médico divulgado nesta segunda-feira (18) constatou que a criança de 8 anos tida como vítima de suposto estupro na cidade de Conceição (PB) não tinha vestígios de abuso. O laudo apontou que o hímen — pele localizada logo na entrada da vagina — estava intacto, confirmando que não houve penetração.

Quando denunciou o caso, na última sexta-feira (15), a mãe da menor afirmou que ela apresentava náuseas, vômito e secreção vaginal, e que isso tinha sido causado pelo suposto abuso praticado pelo pai, José Cláudio das Chagas Oliveira.

Entretanto, conforme o resultado clínico, a garota tinha presença de esmegma e hiperemia em área externa da vagina, o que ocasionava os escorrimentos e a inflamação. O processo inflamatório também era proveniente da falta de cuidados e limpeza correta do local.

À polícia, a genitora afirmou ainda que a pequena era tocada constantemente em suas partes íntimas e seios, mas isso não foi comprovado, e o homem negou.

Segundo José Claudio, no dia 10 de outubro ele foi visitar a criança, e ela se queixou de dores nas partes íntimas. No instinto de pai, o genitor pediu que ela mostrasse em qual parte era a dor, só que, por vergonha, a menina se recusou.

Nesse mesmo dia, ele pediu que a mãe a levasse ao hospital, porém, ela não o fez, e o esmegma foi aumentando, causando as náuseas e os vômitos na criança. No dia 16, a mulher então resolveu levar a menina à unidade hospitalar local.

A equipe médica, após ouvir as acusações, acionou a polícia e o Conselho Tutelar. A guarnição foi à casa de José Claudio no sítio Canoas e, sem resistência, prendeu-o preventivamente.

O advogado Elton Sousa, diante dos expostos e das provas médicas apresentadas, pediu a revogação da privação de liberdade do homem. No pedido, Elton expôs que a impetrante e o impetrado estão divorciados e que o senso de vingança poderia ter levado a mulher a fazer as calúnias contra o ex-companheiro.

O processo já está concluso para o juiz da 1ª Vara Mista da Comarca de Conceição apreciar para a decisão.




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