Deputado estadual Branco Mendes e o ex-deputado estado Lindolfo Pires, atual secretário de Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba, estão entre os alvos de mandados de busca e apreensão. Polícia Federal na Paraíba
Polícia Federal/Divulgação
Doze mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta terça-feira (11) na operação Livro Aberto, realizada pela Polícia Federal, e que investiga crimes que teriam causado prejuízo de mais de R$ 4 milhões relacionados a contratos formalizados pela Secretaria de Estado da Educação da Paraíba no ano de 2018.
Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão estão o deputado estadual Branco Mendes (Republicanos) e o ex-deputado estadual Lindolfo Pires (PP), atual secretário de Estado de Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba. Apesar da operação se concentrar nestes dois, a PF informou que outras pessoas também são investigadas.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação da Paraíba informou que não tem posicionamento sobre a operação, já que aconteceu em 2018, durante outra gestão.
Já o secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer, Lindolfo Pires, se disse surpreso com a notícia da operação. Confirmou que foi intimado a comparecer a prestar esclarecimento, mas que não foi informado de que fato concreto e objetivo a operação está tratando. Ele explicou ainda que está em viagem a Fortaleza e que no momento oportuno vai esclarecer tudo. "É como diz o ditado: quem não deve não teme".
Governador à época dos fatos, Ricardo Coutinho (PT) declarou, por meio de seus advogados, que "não é alvo dessa operação, portanto, não tem o que falar".
Os demais citados ainda não se pronunciaram.
Veja quem são os investigados na operação Livro Aberto
Artur Cunha Lima, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado
Lindolfo Pires, ex-deputado estadual e atual secretário da Sejel-PB
Branco Mendes, deputado estadual
Tião Gomes (PSB), deputado estadual
Artur Cunha Lima Filho (PL), ex-deputado estadual
Edmilson Soares, ex-deputado estadual
Genival Matias, ex-deputado estadual (que morreu em 2020)
Conforme a PF, os suspeitos são investigados pelos crimes de fraude em licitação, desvio de recursos públicos, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça. Foi decidido também pela indisponibilidade de bens, valores, dinheiro e ativos dos investigados visando recompor o erário.
Na Paraíba, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Campina Grande, três em João Pessoa e um em Lagoa Seca. Houve mandados também em Ponta de Pedras, que é uma praia do município pernambucano de Goiana, e no município alagoano de Arapiraca.
A assessoria de imprensa da PF informou que além de mandados de busca e apreensão em endereços de Branco Mendes e Lindolfo Pires, houve buscas e apreensões em endereços ligados à empresa que firmou contrato com o Governo da Paraíba em 2018, época em que o governador ainda era Ricardo Coutinho. Outros alvos foram empresas por onde o dinheiro ilícito teria passado.
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