Secretário de Cultura de Conceição desabafa sobre desafios na execução das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc

O Secretário de Cultura de Conceição, Fidelis Mangueira, fez um desabafo contundente em suas redes sociais sobre a execução das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc (I e II) no município, voltadas ao financiamento de projetos culturais.

Por Vale do Piancó -PB em 31/10/2024 às 19:40:20

O Secretário de Cultura de Conceição, Fidelis Mangueira, fez um desabafo contundente em suas redes sociais sobre a execução das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc (I e II) no município, voltadas ao financiamento de projetos culturais. Fidelis expressou sua preocupação com o uso dos recursos e a qualidade das atividades culturais desenvolvidas por artistas, artesãos e produtores culturais locais, levantando questões que, segundo ele, precisam ser discutidas de forma transparente e séria.


Para Fidelis, um dos principais problemas tem sido a postura de alguns contemplados, que priorizam o recurso financeiro em detrimento da qualidade e impacto das atividades culturais. "É triste constatar que alguns parecem estar mais interessados no valor do subsídio do que no desenvolvimento de uma atividade cultural relevante e de qualidade", lamentou o secretário. Ele acredita que, embora o valor possa ser considerado modesto, se bem direcionado, pode ser suficiente para realizar projetos significativos que valorizem o trabalho dos artistas e agreguem valor cultural à comunidade.

O secretário pontuou que os recursos das leis culturais não devem ser vistos como uma espécie de auxílio emergencial ou verba para despesas pessoais. Fidelis afirmou que os valores são um investimento na cultura, destinados ao pagamento justo pelos trabalhos e despesas diretamente relacionados às atividades artísticas e culturais. Ele destacou, ainda, que os projetos coletivos requerem ainda mais responsabilidade. "Os recursos coletivos não são propriedade exclusiva do proponente; devem ser aplicados na manutenção das atividades propostas para todo o grupo", alertou.

Com esse desabafo, Fidelis também expôs sua frustração com a execução de algumas atividades, que, segundo ele, parecem ser realizadas apenas para cumprir protocolo, sem a devida atenção à qualidade. "Conhecemos a árvore por seus frutos", refletiu, reiterando que a produção artística de cada um reflete a identidade e o compromisso do autor com seu ofício e com o público.

O Secretário de Cultura afirmou que essas dificuldades levantam dúvidas sobre a continuidade do apoio municipal aos programas de incentivo, pois a falta de comprometimento observada em alguns casos prejudica a imagem do setor cultural do município. Ele lembrou que, antes da existência desses fundos, havia uma reivindicação constante de recursos e incentivos para a cultura. Agora, apesar das limitações, existe uma fonte de recursos, e ele lamenta que, em alguns casos, essa oportunidade não seja valorizada.

Para Fidelis, garantir a transparência e a responsabilidade na aplicação dos fundos é essencial para preservar a credibilidade dos programas culturais e, por isso, a Secretaria Municipal de Cultura irá intensificar o acompanhamento dos próximos projetos. "O que foi proposto e aprovado é o que terá de ser executado, sem exceções", enfatizou o secretário. Segundo ele, nas próximas edições das leis, serão exigidos relatórios detalhados, vídeos-resumo das atividades e registros fotográficos, além de listas de presença para comprovar a realização dos projetos conforme proposto.

A Secretaria e a Comissão de Avaliação divulgarão, em breve, uma análise detalhada sobre a qualidade das atividades culturais realizadas com os recursos da Lei Paulo Gustavo, e, segundo Fidelis, algumas das notas atribuídas foram impactadas pela baixa qualidade observada em certos projetos. A partir de agora, oficinas, mostras e cursos precisarão atender a uma carga horária mínima de 1h30 e contar com ao menos 10 participantes, sob o risco de terem suas atividades rejeitadas pela Secretaria.

Por fim, o Secretário de Cultura pede mais comprometimento e respeito dos produtores culturais e artistas locais para que Conceição siga sendo um município de expressão cultural, fortalecendo as raízes artísticas e trazendo reconhecimento à cultura local.

Fonte: conceicaoverdade

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