A economia solidária tem ganhado cada vez mais espaço no Nordeste do Brasil, promovendo uma nova forma de desenvolvimento econômico baseada na inclusão social e na sustentabilidade.
Atualmente, políticas públicas e centros de comercialização de economia solidária estão se consolidando na região, contribuindo para a geração de renda e a valorização da cultura local.
Pode ser comsiderado um conjunto de atividades econômicas, que vão desde a produção, passando pela distribuição, consumo, poupança e financiamento, organizados sob a forma de autogestão.
O governo federal e estaduais têm implementado diversas políticas de economia solidária no Nordeste, com o objetivo de estimular o desenvolvimento econômico inclusivo. As principais estratégias e políticas públicas na região incluem:
Essas políticas são fundamentais para fortalecer os empreendimentos da economia solidária, garantindo que trabalhadores autônomos e cooperativas tenham acesso a mercado e renda de maneira estruturada.
Abaixo estão alguns dos centros comerciais de economia solidária mais importantes no Nordeste, que atuam como espaços de escoamento de produtos, além de promover a visibilidade e valorização dos empreendimentos locais.
Centro de Economia Solidária | Localização | Descrição |
---|---|---|
Centro Público de Economia Solidária (CEPES) | Salvador, Bahia | Um dos principais espaços de comercialização de produtos artesanais e alimentos locais. |
Feira de Economia Solidária de Campina Grande | Campina Grande, Paraíba | Evento mensal que reúne produtores de diversas regiões, incentivando o consumo consciente. |
Casa da Economia Solidária do Ceará | Fortaleza, Ceará | Comercializa produtos artesanais e promove oficinas de capacitação para trabalhadores. |
Centro de Economia Solidária de Recife | Recife, Pernambuco | Centro de apoio a cooperativas e associações, oferecendo espaço para vendas e exposições. |
Mercado de Economia Solidária de Picos | Picos, Piauí | Mercado especializado em produtos locais como queijos, mel e artesanato. |
Casa da Economia Solidária de Natal | Natal, Rio Grande do Norte | Espaço que promove a cultura potiguar com produtos artesanais e alimentos típicos. |
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Esses centros são cruciais para a economia local, pois permitem que os produtos sejam diretamente comercializados ao consumidor final, valorizando a produção artesanal e agroecológica do Nordeste. Além disso, eles servem como espaços de intercâmbio de conhecimento e fortalecem o vínculo entre produtores e consumidores.
A economia solidária tem gerado impacto significativo na região Nordeste ao proporcionar:
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Embora a economia solidária tenha avançado no Nordeste, ainda enfrenta desafios. A falta de infraestrutura em algumas regiões e o acesso limitado ao crédito são obstáculos a serem superados. No entanto, o aumento de políticas públicas voltadas para o setor indica que o potencial de crescimento é alto.
Abaixo, um resumo dos principais desafios e perspectivas:
Desafios | Perspectivas |
---|---|
Infraestrutura e logística limitada | Expansão de centros de comercialização |
Acesso restrito a crédito em algumas áreas | Fortalecimento de políticas de financiamento |
Necessidade de mais capacitação técnica | Ampliação de programas de capacitação |
Formalização dos empreendimentos | Melhoria no apoio jurídico e contábil para empreendimentos |
Nos dias 4 e 5 de novembro, Alagoas está recebendo a V Reunião Plenária do Comitê de Economia Solidária do Consórcio Nordeste, um evento que ocorre na SEPLAG e na Vice-Governadoria. Representantes dos estados do Nordeste foram recepcionados pelo governador em exercício, Ronaldo Lessa, no Museu Palácio Floriano Peixoto. A reunião, parte da Câmara Temática de Desenvolvimento Econômico do Consórcio, visa incentivar a cooperação entre os estados para fortalecer políticas públicas, captar recursos e compartilhar práticas que tiveram sucesso na região.
O governador Ronaldo Lessa, que apoia firmemente o setor, destacou a importância de investimentos nessa área. Segundo ele, “investir na economia solidária é a única forma de evitar o desequilíbrio causado pelo capitalismo selvagem.” A Vice-Governadoria, onde ocorrem algumas das discussões, já sediou encontros importantes, incluindo uma reunião com a União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), que apresentou o projeto Mulher Coop, voltado para a capacitação feminina, e o Jovem Aprendiz, direcionado aos jovens.
Para a secretária de Desenvolvimento Econômico, Alice Beltrão, a plenária tem grande relevância para Alagoas. Ela enfatizou que o compartilhamento de práticas bem-sucedidas dos estados ajuda a acelerar a criação de políticas públicas para o setor. "Completamos um ano de criação do comitê, e já temos propostas maduras e em fase de desenvolvimento para serem apresentadas aos governadores e, possivelmente, ao governo federal", comentou.
Adalberon de Sá, secretário-executivo do Cooperativismo, observou que o encontro acontece em um momento marcante, exatamente um ano após a formação do comitê pelos governadores do Nordeste. Desde então, o comitê se reúne para discutir interesses comuns e prepara um documento com políticas eficazes que serão apresentadas na próxima Assembleia dos Governadores. Ele também anunciou que o primeiro Festival de Economia Solidária do Nordeste ocorrerá em fevereiro, em Salvador.
As atividades do primeiro dia da reunião incluíram debates sobre a economia solidária como alternativa para reduzir o desemprego e promover o desenvolvimento econômico, principalmente em áreas urbanas. À tarde, a pauta se voltou para o festival, discutindo como cada estado poderá participar e mostrar suas experiências na área de economia solidária.
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No segundo dia, haverá a participação da Secretaria Nacional de Economia Solidária, que apresentará as políticas previstas para 2025. Adalberon de Sá destacou o progresso de Alagoas, com iniciativas como o programa Alagoas + Cooperativa, lançado em julho, que reúne políticas públicas de apoio ao cooperativismo e à economia solidária.
Entre as ações mencionadas por Sá, estão a isenção de ICMS para cooperativas de agricultura familiar e de catadores, além da criação de um espaço de comercialização próximo ao porto de Maceió, que beneficia cerca de 30 empreendimentos do estado. Ele acrescentou que essa experiência está sendo levada a feiras como a Expoagro e a Expo Bacia Leiteira, ampliando as oportunidades de negócios e oferecendo cursos de capacitação e especialização.
A economia solidária no Nordeste se apresenta como uma alternativa promissora para o desenvolvimento sustentável e inclusivo da região. Com o apoio de políticas públicas e a consolidação de centros comerciais, como os CEPES e as feiras locais, os empreendimentos solidários ganham espaço e visibilidade, fortalecendo a economia local e promovendo o bem-estar das comunidades.
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Fonte: ne9.com.br