Cientistas do Nordeste estão estudam um fenômeno que vem ocorrendo em corais no litoral do Nordeste.
Estes recifes enfrentam um segundo grande episódio de branqueamento, de acordo com o relatório anual do projeto Coral Vivo. A princípio, este fenômeno é associado à forte onda de calor gerada pelo El Niño. Desse modo, causa preocupação entre pesquisadores, especialmente pela concentração dos impactos no Nordeste do Brasil.
O branqueamento ocorre quando os corais perdem as microalgas simbióticas que vivem no interior deles, responsáveis por sua coloração e fornecimento de nutrientes. Sem essas microalgas, os corais enfraquecem e podem morrer.
As mudanças foram particularmente intensas em:
As duas espécies mais atingidas, tanto em 2019 quanto em 2024, são:
Em suma, a morte dos corais tem consequências alarmantes:
Do mesmo modo, o Sudeste e o sul da Bahia registraram menor intensidade de branqueamento em 2024. Essas áreas abrigam maior diversidade de recifes, mas sofreram menor impacto devido à menor severidade da onda de calor.
Criado há quase 30 anos no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, o projeto Coral Vivo busca:
Região | Impacto do Branqueamento | Espécies Mais Atingidas | Consequências para o Ecossistema |
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Nordeste | Alto | Coral-de-fogo, Coral-vela | Perda de biodiversidade, impacto no turismo e pesca |
Sudeste | Baixo | Menor número de espécies afetadas | Baixa mortalidade geral |
Sul da Bahia | Baixo | Alta diversidade protegida | Consequências mínimas |
Ao mesmo tempo, o branqueamento dos corais acende um alerta importante. Ações de preservação e redução de emissões de gases do efeito estufa são essenciais para proteger não apenas os recifes, mas também os ecossistemas e comunidades que dependem deles.
Fonte: ne9.com.br