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"Pior cena da vida", diz irmã de turista morta por rojão em São Paulo


Um novo vídeo, obtido pelo produtor Luiz Linna, da TV Tribuna, emissora afiliada à Rede Globo, mostra o instante em que Elisângela é atingida. As imagens mostram o momento em que o artefato "desvia no ar", fica preso à roupa da vítima e explode no peito dela. O acidente aconteceu em menos de 10 segundos, do momento da ignição à explosão do artefato (assista abaixo).

Ao g1, Tamiris Tinem, irmã de Elisângela, contou que estava ao lado dela quando a tragédia aconteceu na faixa de areia da praia localizada no bairro Nova Mirim. Ela relata que, assim começou a queima de fogos na noite do dia 31 de dezembro, todos viram uma luz muito forte vindo na direção da família.

“Infelizmente, acertou a minha irmã em cheio. Quando vimos as faíscas não percebemos que era realmente um rojão. Nossa reação foi ir em direção a ela para ajudar, mas quando demos o primeiro passo, o rojão explodiu. Minha irmã não teve nem tempo de pensar em se salvar. Ela já caiu morta, tudo isso na nossa frente. Foi a pior cena de toda a nossa vida”, relembra Tamiris.

Além da Polícia Militar, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) atendeu o caso. Os profissionais identificaram que Elisângela foi atingida pelo artefato na região do tórax, e o óbito foi constatado no local.

Tamiris disse que a irmã morava na capital paulista e que esta foi a primeira vez que toda a família foi junto para Praia Grande. A irmã da vítima ressaltou que era para ser um momento de diversão, que todos estavam felizes, mas o ano iniciou com a perda de Elisângela.

“Estamos sentindo uma dor enorme, que nada irá curar. Não consigo descrever o tamanho da nossa dor, de verdade. Em questão de segundos, a minha irmã se foi, sem que pudéssemos ajudar em nada”, disse.

Ela fala que a família está muito triste com tudo que aconteceu. Ela espera que o responsável pelo rojão seja identificado. “Só espero que o culpado disso coloque a mão na consciência e perceba que ele foi um assassino. Ele matou a minha irmã, e nem se quer teve a iniciativa de nos ajudar a prestar socorro, simplesmente sumiu. Esperamos que a Justiça seja feita e que ele pague pelo o que fez”.

Elisângela deixou dois filhos e era muito amada por todos. Segundo a irmã, os sobrinhos estão desolados. Ela disse que a família está tentando ser forte por eles.

“Super amorosa e bondosa, sempre pensando em ajudar a todos ao seu redor, tinha uma luz e um alto astral que alegrava qualquer ambiente. Estamos sentindo uma dor que nunca irá se curar. Só pedimos a Deus força, muita força”, finaliza.

Investigação

Ao g1, a secretaria estadual de Segurança Pública (SSP), afirmou que o caso foi registrado como homicídio e lesão corporal culposa na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande e é investigado pelo 1º Distrito Policial (DP) da cidade. “A autoridade policial trabalha para identificar o autor e esclarecer os fatos”, ressaltou, em nota.

De acordo com a Polícia Militar (PM), a turista foi atingida pelo rojão na altura do peito. A PM esclareceu algumas pessoas tentaram ajuda a remover o objeto, porém, o rojão ficou grudado ao corpo da vítima e explodiu.

A corporação afirmou também que a explosão lesionou parte do abdômen e parte do braço de Elisangela. Além disso, segundo a equipe que fez o primeiro atendimento após a explosão, o artefato atingiu vários órgãos internos, causando a morte da vítima no local, antes mesmo da chegada das equipes médicas.

A ocorrência foi registrada como homicídio e lesão corporal culposa na Central de Polícia Judiciária de Praia Grande (CPJ). O caso é investigado pelo 1º DP de Praia Grande, que trabalha para identificar o responsável por soltar o rojão e quem o vendeu. Conforme apurado pelo g1, o delegado pode, inclusive, pedir um mandado de prisão à Justiça contra o homem que acendeu o artefato, quando este for localizado.

Lei proíbe fogos

Em nota, a Prefeitura de Praia Grande ressaltou que é proibido o manuseio, a queima e a soltura de fogos de acordo com a Lei nº 1986 de 8 de abril de 2020 e suas alterações posteriores, como a Lei nº 2143 de 20 de dezembro de 2022.

G1 SP

Folha Patoense

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