Pastor André Valadão incita fiéis a "irem para cima" de pessoas LGBT+

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) enviou uma representação ao Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) contra o pastor André Valadão por ele ter sugerido "que fiéis matassem pessoas LGBTs, durante seu culto".

Por Vale do Piancó -PB em 03/07/2023 às 19:29:56

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) enviou uma representação ao Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) contra o pastor André Valadão por ele ter sugerido "que fiéis matassem pessoas LGBTs, durante seu culto". Em uma pregação em português na Igreja Lagoinha de Orlando, nos Estados Unidos, o pastor afirmou que se Deus pudesse, "matava tudo e começava de novo", então incitou os fiéis: "vamos para cima".

Para o pastor, em uma pregação intitulada "teoria da conspiração", o casamento homoafetivo teria supostamente "aberto as portas" para paradas com "homens e mulheres nu com seus orgãos genitais expostos diante de crianças". "Essa porta foi aberta quando nós tratamos como normal o que a Bíblia já condena", acusa o pastor, em ataque à comunidade LGBT+.

Segundo ele, agora seria "a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais. Ele diz, 'já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas já prometi pra mim mesmo que não posso, então agora tá com vocês'", afirma o pastor, fazendo referência à história bíblica do dilúvio, quando o Deus hebraico teria inundado toda a Terra e salvado apenas uma família de fiéis. O arco-irís, nessa mitologia cristã, significa um juramento de que Deus jamais voltaria a destruir tudo dessa forma.

Nesse sentido, o pastor repete: "você não pegou o que eu disse, tá com você. Vou falar de novo, tá com você. Sacode uns quatro do teu lado e fala: 'vamos para cima'".

Em nota, a deputada Erika Hilton, que é presidente da Frente Parlamentar Mista por Cidadania e dos Direitos LGBTI+, afirmou que "o pastor reiteradamente prega violência e intolerância contra pessoas já bastante vulnerabilizadas, mas dessa vez, André Valadão dobrou a aposta e, de maneira direta, disse falou em 'recomeçar do zero', incentivando evangélicos a matarem pessoas da comunidade LGBT". Reiterou, ainda, que "não se trata de liberdade de expressão, e sim de repetidos crimes, agora com evidentes tons de crueldade."

O pastor já sofreu outra representação no MP por transfobia e, como já mostrado pelo Estadão, começou uma campanha dizendo que "Deus odeia o orgulho", em referência ao mês do Orgulho LGBT+, celebrado em junho. "Ah, esse mês é o mês da humilhação", diz o pastor em vídeo vinculado a

Fonte: jornaldebrasilia.com.br

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