Ex-jogadora de vôlei e campeã olímpica, Walewska Oliveira morre aos 43 anos

A ex-jogadora de vôlei Walewska Moreira de Oliveira morreu aos 43 anos na noite de quinta-feira (21), após cair do 17º andar do prédio onde morava, em São Paulo.

Por Vale do Piancó -PB em 22/09/2023 às 09:19:50

A ex-jogadora de vôlei Walewska Moreira de Oliveira morreu aos 43 anos na noite de quinta-feira (21), após cair do 17º andar do prédio onde morava, em São Paulo. A ex-atleta conquistou o ouro com a Seleção Brasileira Feminina nas Olímpiadas de Pequim, em 2008, e estava aposentada desde 2022, quando encerrou a carreira no Praia Clube.

A causa da morte foi divulgada no boletim de ocorrência do caso. A polícia investiga a possibilidade de suicídio.

A ex-jogadora também se destacou nos jogos de Sidney, em 2000, quando ganhou o bronze, e disputou as Olimpíadas de Atenas, em 2004.

No início do ano, a ex-atleta lançou sua biografia, intitulada de Outras Redes, na qual narrou sua trajetória até as quadras. Ela também fez o documentário O Último Ato.

No último dia 20, ela deu uma entrevista ao podcast Ataque Defesa, do jornalista Alê Oliveira, e falou sobre os planos para o futuro. A ex-jogadora tinha seu próprio podcast, o Olympic Mind, projeto em parceria com a terapeuta Margareth Signorelli.

Nesta semana, Walewska esteve em alguns eventos na capital paulista. Ela também se encontrou com o técnico Abel Ferreira no Centro de Treinamento do Palmeiras.

Vida e carreira

Walewska nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais. Saiu de casa aos 12 anos e foi de ônibus até o primeiro teste de vôlei. Ela jogou em vários clubes ao longo da carreira, como Minas, Osasco e Praia Clube.

A ex-atleta foi convocada para a Seleção Brasileira pela primeira vez em 1997, por Bernardinho. Com o técnico, ela conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999, e o bronze na Olimpíada de Sidney, em 2000. Depois, conquistou mais títulos sob o comando de Zé Roberto.

Em Pequim, a central fez história com a conquista do primeiro ouro olímpico do vôlei feminino. Também ganhou o bronze em Sidney e ficou com o quarto lugar em Atenas.

A despedida das quadras aconteceu no Sul-Americano de vôlei 2022. O último jogo de Walewska foi contra o Regatas Lima, do Peru, pela fase de grupos. Ela ficou no banco de reservas na semifinal contra o Sesi-Bauru e na final contra o Minas.

No Praia Clube, ela se reafirmou como uma das maiores centrais da história do vôlei brasileiro. Na temporada 2017/2018, foi o pilar da primeira conquista do clube na Superliga. Depois, passou um ano vestindo a camisa do Osasco, mas retornou à cidade mineira para seus últimos anos como profissional.

Homenagens

Amigos e fãs lamentaram a morte de Walewska nas redes sociais. O Praia Clube publicou uma nota de pesar. “O vôlei brasileiro e a comunidade esportiva perderam uma verdadeira lenda, e nossos pensamentos estão com a família e amigos neste momento difícil”, iniciou a nota

“Que sua memória e legado continuem a brilhar como uma fonte de inspiração para as gerações futuras. A camisa número 1, usada por Wal, foi eternizada na nossa equipe em 2022 e será para sempre lembrada”, disse o último time defendido pela central.

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) também enalteceu as conquistas e a carreira premiada dela. “Walewska era uma jogadora especial, sua trajetória no esporte será para sempre lembrada e reverenciada. Neste momento tão difícil, a CBV se solidariza com a família e os amigos desta grande jogadora”, escreveu Radamés Lattari, o presidente da CBV.

Sheilla Castro, da seleção feminina de vôlei, compartilhou uma foto com Wal no lançamento do livro dela em Belo Horizonte: “Walzinha, você sempre foi um exemplo para mim dentro e fora das quadras. Dor é grande demais. Agora o luto é diferente pela sua partida precoce”.

A ex-jogadora olímpica e atriz Lica Oliveira também lamentou a morte. “Muitas preces por você, por seus familiares, amigos(as) e fãs. Família voleibol em luto”, disse.

Walewska deixa o marido, Ricardo Mendes, com quem era casada há 20 anos. Ele foi empresário da atleta e a ajudou a gerenciar a carreira no auge. A ex-atleta não teve filhos.

Se você está atravessando um momento difícil e precisa de ajuda, ligue para o CVV (Centro de Valorização a Vida), no número 188, e receba apoio emocional e prevenção do suicídio. A ligação é sigilosa e gratuita para todo o território nacional.

 

 

Uol

Fonte: blogchicosoares

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