Justiça bloqueia contas e quebra sigilo bancário de suspeito de furtar celulares do Hospital Padre Zé, em João Pessoa

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Por Vale do Piancó -PB em 03/10/2023 às 13:03:45
Pedido de bloqueio de contas e quebra do sigilo bancário de Samuel Segundo foi feito pela delegada Karina Torres, da Polícia Civil, que anexou conversas do investigado negociando a venda dos aparelhos. Hospital Padre Zé, em João Pessoa

Hospital Padre Zé/Divulgação

A Justiça da Paraíba autorizou a quebra de sigilo bancário e bloqueio de contas de Samuel Segundo, do ex-funcionário do Hospital Padre Zé, um dos suspeitos de furtar mais de R$ 500 mil em celulares da unidade. A decisão foi do juiz José Guedes Cavalcanti Neto, que acatou o pedido da delegada Karina Torres, da Polícia Civil, no qual a autoridade policial anexou conversas de Samuel negociando a venda dos aparelhos.

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De acordo com as investigações, os aparelhos celulares foram doados e o dinheiro deveria ser usado para manutenção do hospital. No pedido da delegada Karina Torres, foram anexadas conversas de Samuel negociando a venda dos aparelhos, e uma conta da mãe dele, Valquíria Veloso Cunha, também foi alvo de pedido de bloqueio e quebra de sigilo, que, também de acordo com as investigações, ela teria recebido pagamentos das vendas.

A delegada Karina Torres afirmou que ficou evidenciado que Samuel Segundo foi incluído no delito de furto qualificado, causando um prejuízo de R$ 525.877,77 referente aos produtos furtados no interior do Hospital Padre Zé.

O g1 procurou a defesa de Samuel, mas a defesa não se pronunciou sobre a ação da Justiça sobre o bloqueio das contas e quebra de sigilo bancário do ex-funcionário do Hospital Padre Zé. Anteriormente, a defesa de Samuel destacou que, alguns dias depois da prisão, foi revogada a prisão e adotada medidas cautelares para que Samuel pudesse responder o caso em liberdade.

Padre Egídio e novo comando do Hospital Padre Zé

A Arquidiocese da Paraíba afastou, em 27 de setembro, o padre Egídio de Carvalho Neto de qualquer ofício ou encargo eclesiástico enquanto durar as investigações sobre irregularidades identificadas no Hospital Padre Zé, de João Pessoa, no período em que ele foi diretor da unidade hospitalar. Na prática, ele fica proibido de ministrar missas ou qualquer outro sacramento da igreja.

A instituição que comanda a Igreja Católica na Paraíba citou o artigo 1.722 do Código de Direito Canônico, que prevê o afastamento de religiosos da igreja em casos de processo penal, para justificar o afastamento do padre Egídio.

O padre Egídio de Carvalho Neto renunciou ao cargo de diretor do Hospital Padre Zé no dia 18 de setembro deste ano, em meio a investigações da Polícia Civil da Paraíba sobre o furto de 100 aparelhos de telefone celular que foram furtados do hospital. Segundo a administração do hospital, toda a diretoria anterior do Hospital Padre Zé renunciou, e os novos dirigentes assumiram as funções imediatamente, para evitar que os serviços prestados pelo hospital fossem interrompidos ou descontinuados.

Em 25 de setembro, em meio às investigações, o padre George Batista foi eleito novo diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, após a realização de uma assembleia.

Celulares seriam vendidos para comprar ambulâncias

Os mais de 100 celulares que teriam sido furtados do Hospital Padre Zé foram doados pela Receita Federal, oriundos de apreensões, e seriam vendidos em um bazar solidário para comprar uma ambulância com UTI e um carro para distribuição de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade.

A denúncia foi feita à Polícia Civil em agosto, imediatamente um inquérito policial foi aberto. Segundo a delegada Maíra Roberta, chefe de gabinete da Delegacia Geral da Polícia Civil da Paraíba, as investigações correm em segredo de justiça. Por causa disso, algumas informações não podem ser repassadas sob pena de prejudicar o curso das investigações

Ainda assim, ela confirmou que já foram cumpridos uma série de mandados de busca e apreensão em que foram apreendidos aparelhos eletrônicos que agora estão sendo submetidos a perícia. Além disso, uma pessoa já foi indiciada por conta dos furtos.

Ex-funcionário investigado

Durante as investigações, Samuel Rodrigues Cunha Segundo, ex-funcionário do hospital, chegou a ser preso. O suspeito seria coordenador do setor de tecnologia da informação da instituição e foi desligado após a prisão.

A defesa de Samuel destacou, à época, que, alguns dias depois da prisão, a Justiça revogou e adotou medidas cautelares para que ele pudesse responder ao caso em liberdade.

Por meio de nota, foi confirmado que Samuel foi apontado como a pessoa que furtou aparelhos telefônicos do Hospital Padre Zé e ponderou que as tais medidas cautelares determinadas pela Justiça "estão e serão cumpridas integralmente pelo acusado" e que só vai se pronunciar melhor ao fim da investigação em curso.

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