TJPB mantém prisão preventiva do Padre Egídio e ex-diretoras por desvios milionários no Padre Zé

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba decidiu, em sessão realizada nesta terça-feira (30), manter a prisão preventiva do Padre Egídio de Carvalho Neto, principal investigado por suspeita de desvios milionários em recursos destinados ao Hospital Padre Zé, em João Pessoa.

Por Vale do Piancó -PB em 30/01/2024 às 15:58:24

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba decidiu, em sessão realizada nesta terça-feira (30), manter a prisão preventiva do Padre Egídio de Carvalho Neto, principal investigado por suspeita de desvios milionários em recursos destinados ao Hospital Padre Zé, em João Pessoa. A decisão também se estendeu a Janine Dantas e Amanda Duarte, sendo que esta última cumpre prisão domiciliar.

Padre Egídio foi detido preventivamente em 17 de novembro de 2023, durante a segunda fase da Operação Indignus, e permanece na Penitenciária Especial do Valentina de Figueiredo, na Capital.

A defesa do religioso argumentou que a prisão preventiva não era necessária, destacando a importância de garantir a presunção de inocência. Os advogados contestaram as provas apresentadas pelo Ministério Público da Paraíba, classificando-as como “infundadas”.

O relator do processo, desembargador Ricardo Vital de Almeida, votou pela manutenção das prisões de Egídio, Janine Dantas e Amanda Duarte. A decisão foi seguida pelos desembargadores Márcio Murilo da Cunha Ramos, Joás de Brito Filho, Fred Coutinho e Saulo Benevides.

O Ministério Público da Paraíba defendeu a manutenção das prisões, alegando que as cautelares são necessárias para garantir a ordem pública. A procuradora Maria Lurdélia Diniz de Albuquerque Melo ressaltou que a liberdade dos investigados equivaleria à garantia da impunidade, impactando negativamente a recuperação do produto financeiro desviado.

Segundo o MP, os desvios praticados pelos investigados afetaram a vida de diversas pessoas, principalmente pacientes dependentes do serviço de saúde pública, durante a crítica pandemia de COVID-19. A procuradora destacou a necessidade de uma resposta judicial justa e equitativa, independentemente do status social ou econômico dos envolvidos.

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba acusa Padre Egídio de participar de uma organização criminosa que teria desviado recursos do Hospital Padre Zé. As investigações indicam que o religioso teria construído uma fortuna com a aquisição de imóveis de luxo em diversas localidades, incluindo Paraíba, Pernambuco e São Paulo.

 

PB Agora

Fonte: pbagora.com

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