Inflação na Argentina de Milei chega a 254% em 12 meses

A inflação na Argentina alcançou um índice de 254,2% em 12 meses, segundo o instituto oficial de estatísticas, o Indec.

Por Vale do Piancó -PB em 15/02/2024 às 14:58:12
Foto: Reprodução internet

Foto: Reprodução internet

O índice de preços ao consumidor de janeiro coincidiu com as estimativas prévias feitas pelo governo do ultraliberal Javier Milei, em torno de 20%, em um contexto de “estagflação” — estagnação econômica com inflação — anunciado pelo próprio presidente pouco depois de assumir.

Após a desvalorização de 50% do peso em dezembro, a liberação de quase todos os preços da economia e os primeiros ajustes de tarifas de transporte e serviços públicos, a inflação mensal permanece próxima ao recorde histórico de fevereiro de 1991 (27%).

Entre os setores com os maiores aumentos em janeiro estão bens e serviços (44,4%), transporte (26,3%), comunicação (25,1%) e alimentos e bebidas não alcoólicas (20,4%).

‘Pouco para comemorar’

“Há pouco para comemorar com uma inflação nesses níveis, especialmente porque em dezembro os salários subiram menos de 9% e em janeiro mais perto de 15%, mas também abaixo da inflação”, resumiu o economista Hernán Letcher à AFP.

O governo iniciou sua gestão com uma inflação de 25,5% em dezembro, levando a inflação do ano passado a 211,4%.

“Com o que estamos fazendo em matéria fiscal, monetária e cambial, estamos reduzindo a taxa de inflação. A [inflação] por atacado já está despencando”, disse Milei durante sua recente viagem por Israel e Itália.

Segundo o Indec, o quilo de pão custou no país 1.214 pesos (1,3 dólares, 6,46 reais), o litro de leite 842 pesos (US$ 0,95, R$ 4,72), o quilo de açúcar 1.180 pesos (US$ 1,47, R$ 7,30), o óleo de girassol (1,5 litros) 2.630 pesos (US$ 2,98, R$ 14,8) e a carne moída a partir de 3.469 pesos (US$ 3,93, R$ 19,53).

“Algumas coisas que eu comia antes, agora não como mais, como queijo e carne”, disse Elsa González, uma aposentada de 74 anos, à AFP.

Em média, o setor de saúde registrou um aumento mensal de 20,55%. “Com os remédios diários, agora tenho que tomar a metade do comprimido ou menos do que tomava antes por causa do preço”, relatou Ramón Zamudio, de 70 anos, um zelador de um prédio no centro de Buenos Aires.

O ministro da Economia, Luis Caputo, previu que a inflação será mais baixa em fevereiro e março. “Já está diminuindo”, afirmou.

G1

Fonte: extrapb

Tags:   Mundo
Comunicar erro

Comentários

Anuncie Aqui