Calorosa traz pop tropical pantamazônico a Brasília

Estreando turnê nacional, os músicos da Calorosa apresentam à plateia brasiliense, nesta sexta-feira (26/4), o "ardidinho" e dançante pop tropical pantamazônico.

Por Vale do Piancó -PB em 26/04/2024 às 14:42:14
Banda Calorosa. Crédito: Cami Barros.

Banda Calorosa. Crédito: Cami Barros.

Banda Calorosa. Crédito: Ju Queiroz.

Estreando turnê nacional, os músicos da Calorosa apresentam à plateia brasiliense, nesta sexta-feira (26/4), o "ardidinho" e dançante pop tropical pantamazônico. O conceito criado pela banda descreve a fusão de gêneros contemporâneos a ritmos tradicionais da cultura popular de Mato Grosso. O show é no Zepelim (713 Norte), a partir das 21h. A entrada é gratuita. Na mesma noite, tem apresentação da Corujones.

Os guitarristas Yan Alvez e Karola Nunes, Paulinho Nascimento (baixo), Vinícius Barros (bateria) e Bruno el Joe (sintetizadores e samples) acionam o EP Pacu e Pequi para cativar o público. Somam ainda ao repertório, as novas músicas, pois a turnê antecede o retorno ao estúdio.

Inovações, experimentações musicais e pop bastante engajado, social e politicamente, compõem o DNA da banda cuiabana. "Aliamos manifestações populares tradicionais de Mato Grosso, como o cururu, siriri, rasqueado e lambadão, com o reggae, rock e eletrônico. É uma ressignificação que dialoga tanto com a identidade tropical brasileira, quanto com a produção do pop atual. É assim que surge o pop tropical pantamazônico", descreve Karola Nunes.

E sob a perspectiva do território mato-grossense, em que por vezes a supervalorização da produção econômica ofusca a artística, fala de afeto, liberdade de corpos, amor fora dos padrões e aposta, ainda, na arte como ferramenta de enfrentamento à crise climática em um contexto de emergências e ameaças ao meio ambiente e à sobrevivência de populações tradicionais e indígenas.

Banda Calorosa. Crédito: Cami Barros.
Banda Calorosa. Crédito: Cami Barros.

"Queremos uma sociedade mais justa, música diversa, corpos livres, e, sobretudo, aliar a arte da música à causa climática, é urgente, principalmente para nós que vivemos nesses territórios". Ela analisa que o público da Calorosa está a fim de dançar e se divertir, mas está aberto a sonoridades e temas que vão além do que o mainstream entrega.

Um dos grandes destaques do repertório da banda, o "Manifesto Calorista", por exemplo, abusa de um humor ácido para questionar a monocultura de pensamento, defendendo que a ancestralidade negra, indígena e ribeirinha do Estado precisa ser celebrada.

E é essa mesma música que inspira a escolha do nome da turnê: "O mato cresce num instante e engole o muro". Karola arremata: "Estamos prontos para derrubar as fronteiras e chegar a todos os cantos do país".

Banda Calorosa. Crédito: Ju Queiroz.
Banda Calorosa. Crédito: Ju Queiroz.

A intenção é multiplicar também a participação da banda em festivais, pois refletem a diversidade sonora do país. "A circulação pode nos ajudar muito na perspectiva das conexões e maior visibilidade do nosso trabalho".

A banda –– que surgiu no contexto da pandemia –– tem ganhado visibilidade ao participar de eventos como o Festival da Lua Cheia (SP) e Se Rasgum (PA), onde se apresentou no lançamento do Circuito Amazônico de Festivais. Recentemente, integrou sessão de pitching do Porto Musical, realizado em Recife (PE), e trabalha na divulgação do mais novo projeto da banda, o single Vem Me Ter, que é fruto da parceria com o cantor e compositor Paulo Monarco.

O projeto de circulação da Calorosa é viabilizado pelo Governo de Mato Grosso, via edital Viver Cultura, da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).

Show da Banda Calorosa
Nesta sexta (26/4), às 21h, no Zepelim ( 713 Norte, Bloco C). Entrada gratuita.
Informações: (65) 99914-2740.

Fonte: jornaldebrasilia.com.br

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