Novo conjunto de joias é descoberto com Bolsonaro

Por Vale do Piancó -PB em 28/03/2023 às 07:36:18

Após o fim de seu mandato como presidente, Bolsonaro ficou com um 3º conjunto de joias que teria recebido em 2019, contendo um relógio da marca Rolex, de ouro branco e cravejado de diamantes. A informação foi dada pelo jornal O Estado de São Paulo.

Esse conjunto, diferente das outras duas caixas que foram enviadas para Bolsonaro, foi recebido em mãos pelo ex-presidente, quando ele estava em viagem oficial a Doha, no Catar, e em Riade, na Arábia Saudita, entre 28 e 30 de outubro de 2019.

Na caixa de madeira com símbolo verde do brasão de armas do país árabe, uma caneta da marca Chopard prateada e com pedras encrustadas; um par de abotoaduras em ouro branco com um brilhante cravejado no centro e diamantes ao redor; um anel em ouro branco com diamente no centro e outros ao redor; e um "masbaha", uma espécie de rosário árabe, feito de ouro branco e com pingentes cravejados em brilhantes.

O relógio sozinho é encontrado na internet pelo preço de R$ 364 mil. Os demais itens, encontrados similares, somam, no mínimo, R$ 200 mil.

Bolsonaro teria voltado com o conjunto de joias para o Brasil e deu ordens para que os itens fossem levados a seu acervo privado, o que foi confirmado no dia 8 de novembro de 2019 pelo Gabinete Ajunto de Documentação Histórica da Presidência.

No formulário de encaminhamento de presentes para o presidente foi preenchido que não houve intermediário no trâmite e que Bolsonaro visualizou os itens.

As joias ficaram guardadas por mais um ano e meio, até que, já no final do mandato, o presidente pediu para ter o conjunto, fisicamente, em suas mãos. Segundo os registros, os itens foram encaminhados ao gabinete de Bolsonaro no dia 6 de junho de 2022. No dia 8 do mesmo mês, as joias já se encontravam "sob guarda do Presidente da República".

Outras denúncias

Esse caso se junta às outras duas tentativas de Bolsonaro de ficar com joias recebidas da Árabia Saudita. Em outubro de 2021, a sua comitiva tentou entrar ilegalmente no Brasil com presentes dos sauditas, mas sem fazer a declaração dos bens. Na ocasião, uma caixa de presentes estimada em R$ 1 milhão passou na alfândega sem ser declarada pela comitiva, que era liderada por Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia.

Um segundo conjunto de joias de diamantes, porém, que já chegou a ser estimado em cerca de R$ 16,5 milhões, acabou retido na alfândega após os auditores da Receita Federal suspeitarem dos membros da comitiva. Estas joias, segundo Albuquerque, seriam presentes para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Ela negou ter conhecimento sobre as joias.

Em um primeiro momento, Bolsonaro disse desconhecer as joias dadas pelos sauditas, mas acabou mudando sua fala dias depois e reconhecendo que havia recebido um pacote que entrou ilegalmente no Brasil, sendo obrigado a devolver os itens, por determinação do Tribunal de Contas da União. Um fuzil e uma pistola dada pelos Emirados Árabes também foi devolvida. O TCU deve fazer uma auditoria nos demais presentes recebidos pelo ex-presidente.

Fonte: jornaldebrasilia.com.br

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