Gustavo Scarpa é mais um brasileiro bom de bola que volta da Europa como "fracassado"

Pouco mais de um ano atrás, exatamente no dia 10 de dezembro, o atacante Gustavo Scarpa foi o centro das atenções na festa da CBF que premiou os melhores do Brasileirão 2022.

Por Vale do Piancó -PB em 27/12/2023 às 06:54:56

Pouco mais de um ano atrás, exatamente no dia 10 de dezembro, o atacante Gustavo Scarpa foi o centro das atenções na festa da CBF que premiou os melhores do Brasileirão 2022.

A lista teve amplo domínio do campeão Palmeiras., com seis jogadores na seleção do ano, e Gustavo Scarpa foi eleito o melhor jogador da temporada, com sete gols marcados e 12 assistências.

O Palmeiras fez de tudo para renovar o contrato do jogador, mas Scarpa tinha o sonho de jogar na Europa. Aprendeu a falar inglês e foi para o Nottingham Forest, onde disputou 10 jogos, com zero gol e zero assistência.

O Nottingham é um time apenas mediano da Premier League, e perdeu a paciência com o ex-jogador do Palmeiras. Em agosto deste ano, o cedeu por empréstimo ao Olympiacos, da Grécia. Foram 11 partidas, também com zero gol e zero assistência.

Scarpa agora está fazendo o caminho de volta e, depois de ser assediado pelo Flamengo, deve assinar com o Atlético-MG, onde formará um respeitável trio de ataque com Hulk e Paulinho.

Por que fracassou na Europa?

O que houve com o futebol de Gustavo Scarpa? O jogador de 29 anos que começou no antigo Desportivo Brasil e foi ídolo do Fluminense e do Verdão, certamente não desaprendeu de jogar futebol. Mas jogar na Europa não é para qualquer um.

Veja o exemplo de Gabriel Barbosa, o nosso Gabigol. Em 2016, após ajudar o Brasil a ganhar a medalha de ouro olímpica, ele foi vendido pelo Santos à Inter de Milão por 34 milhões de euros. Seus números na Inter são parecidos com os de Scarpa na Inglaterra: 10 jogos, 1 gol, zero assistência.

Esta semana, o jornal italiano Gazzeta dello Sport fez uma lista das piores contratações da história da Interzazionale e Gabigol está lá.

Poderíamos relacionar diversos casos de experiências fracassadas na Europa, como Paulo Henrique Ganso, Reinier, dentre outros.

Tudo se resume, talvez, à falta de adaptação, que vai um pouco além da qualidade do atleta. Há a questão do idioma, mas existem também a dificuldade de relacionamento profissional e cultural, além de casos já comprovados de racismo e/ou discriminação.

É tudo muito complexo. Por isso mesmo, antes de apostar todas as fichas em jogadores como Endrick e Vitor Roque – só para citar dois jovens que estão indo embora do Brasil para jogar no Real Madrid e no Barcelona – é melhor esperar um pouco mais para ver como eles vão se adaptar na Europa.

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Fonte: jornaldebrasilia.com.br

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