Tribunal de Justiça nega pedido de liberdade e padre Egídio permanece preso em João Pessoa

O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), por meio da Câmara Criminal, definiu na manhã desta terça-feira (30) que o Padre Egídio de Carvalho, religioso acusado de desvios milionários no Hospital Padre Zé e na Ação Social Arquidiocesana (Asa), continuará preso em João Pessoa.

Por Vale do Piancó -PB em 30/01/2024 às 12:58:38
Foto: Reprodução internet

Foto: Reprodução internet

Relator citou vida de luxo que teria sido construída pelo religioso

Ao longo da apreciação do pedido da defesa de Janine e Egídio, Ricardo Vital destacou alguns pontos presentes na investigação que evidenciaram que Carvalho teria conseguido um amplo patrimônio, após assumir a presidência do Instituto São José, que mantém o Hospital Padre Zé.

"26 imóveis de alto padrão, todos adquiridos no período em que esteve a frente do Instituto São José", enfatizou.

Vital também pontuou o caso de uma veículo que foi adquirido – segundo a investigação – com desvio de verbas e depois alugado à própria instituição, sem sequer ter sido emplacado.

"Veículo jamais utilizado pela instituição […] é algo de estarrecer esse detalhe. A data do início do contrato anterior a aquisição e emplacamento do veículo". citou o desembargador Ricardo Vital.

Sobre o argumento da defesa de que apenas o afastamento do padre e acusada das funções administrativas seria preciso para apurar os casos de corrupção, o desembargador citou a amplitude do esquema montado.

"O afastamento não trazem tranquilidade ao contexto devido a amplitude, a vastidão e a organização -a isso se tefere o ministério público – como organização criminosa", falou.

Defesa de Egídio recorreu ao STF

Como trouxe o ClickPB no início deste ano, o corpo jurídico que atua na defesa do padre acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para um habeas corpus, citando a impossibilidade de Egídio ter influências nas investigações.

O pedido de HC foi pedido após foi apresentado contra decisão do relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB).

Prisão de Padre Egídio ocorreu após escândalo de desvios milionários

A prisão de Padre Egídio virou escândalo. O ex-diretor presidente do Hospital Padre Zé, Padre Egídio de Carvalho, passou a figurar no cenário de denúncias de esquemas de favorecimento em agosto, quando Samuel Segundo, ex-funcionário da unidade, denunciou o religioso.

Samuel Segundo falou em corrupção, favorecimento de familiares, posse de dinheiro de doações e uso de notas fiscais do hospital para favorecimento próprio do padre Egídio.

Samuel Segundo trabalhava no Hospital Padre Zé como diretor de tecnologia.

Foi ele quem comercializou, após determinação do padre Egídio de Carvalho, 270 aparelhos eletrônicos que haviam sido doados pela Receita Federal para que o Padre Zé realizasse um bazar para venda e obtenção de valores para uso no hospital.

Padre Egídio alvo de operação

A prisão de Padre Egídio ocorreu após operação do Gaeco. Poucas semanas após as denúncias uma Força Tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco), pela Polícia Civil da Paraíba da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, pela Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e pela Controladoria-Geral do Estado da Paraíba, deflagraram a "Operação Indignus".

The post Tribunal de Justiça nega pedido de liberdade e padre Egídio permanece preso em João Pessoa first appeared on Vale do Piancó Notícias.

Fonte: Vale do Pianco Noticias

Comunicar erro

Comentários

Anuncie Aqui