Nacional de Patos acredita que pode eliminar o ASA no STJD

O Campeonato Brasileiro da Série D vai agitar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nos próximos dias. A denúncia do Nacional de Patos contra o ASA de Arapiraca, de ter escalado o meia Zé Wílson de forma irregular no primeiro jogo do mata-mata, ganhou novos capítulos. Isso porque o clube paraibano ter protocolado um aditivo na manhã da terça-feira, já conhecendo a linha de defesa dos alagoanos.

O ASA apresentou a sua versão para a denúncia, mostrando o adendo que fez à súmula da partida contra o Cruzeiro-AL, em que Zé Wílson teria trocado de camisa com o volante Lídio. Em decorrência disso, o cartão amarelo aplicado a Lídio, na verdade, teria sido para Zé Wílson. Inclusive, nas contas do clube, foi o terceiro do meia na competiçã – e, de fato, na partida seguinte, contra o Bahia de Feira, ele ficou de fora da relação do técnico Celso Teixeira.

• No jogo contra o Cruzeiro, houve uma alteração das camisas entre o Lídio e o Zé Wilson. Aí o Zé Wilson tomou o terceiro cartão ali. Aí ele já cumpriu a suspensão diante do Bahia de Feira, ele não viajou. O terceiro cartão foi ali, naquele momento. É que eles (Nacional de Patos) não pegaram o adendo da súmula – explicou o presidente do ASA, Rogério Siqueira, o único a falar sobre o assunto no time alagoano.

Essa comunicação de ajuste na súmula não chega a ser uma novidade e poderia dar o caso por encerrado. Mas, então, por que o Nacional de Patos insiste com a ação no STJD e acredita que poderá sair vencedor no tapetão?

No aditivo protocolado nesta terça-feira, o Nacional chama a atenção para o Artigo 85 do CBJD. Nele, no parágrafo 4º, o texto diz que “não serão considerados ou envio ou remessa de relatórios extras depois das súmulas terem sido encaminhadas à CBF, salvo se disserem respeito a fatos ocorridos após a saída do árbitro de seu vestiário…”

No parágrafo seguinte, mais um trecho ressaltado pelos paraibanos, quando diz que “as súmulas estarão disponíveis para acesso no sítio eletrônico institucional da CBF em até 48 horas”.

Vale ressaltar que o adendo à súmula apresentado pelo árbitro Ranilton Oliveira de Sousa, do jogo entre ASA x Cruzeiro-AL, foi feito em três dias. Ou seja, fora do prazo estipulado pelo CBJD e, mais do que isso, fora das exceções previstas para o envio de informações extras à partida.

É claro que tudo vai depender do entendimento do STJD. À luz da lei, o Nacional acredita que tem razão. Para os alagoanos, o princípio da boa fé tem que ser levado em consideração. Seja qual for a decisão, a briga extracampo promete agitar (e muito) os dias que antecedem o jogo de domingo.

Nacional de Patos e ASA jogam no Estádio José Cavalcanti, no Sertão paraibano,. valendo uma vaga para as oitavas de final da Série D. Os alagoanos têm a vantagem do empate, depois da vitória por 1 a 0 no jogo de ida em Arapiraca. Se o Naça devolver a derrota por um gol de diferença, a decisão vai para os pênaltis. Vitória por dois ou mais gols dá a classificação para o Verdão.

Informações com Globo Esporte PB