A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discute nesta quarta-feira (16) a autorização da comercialização da venda do cigarro eletrônico, mais conhecido como “vape” no Brasil. A reunião acontece após a Anvisa iniciar uma consulta pública sobre a minuta de resolução que mantém o veto aos produtos. Uma versão consolidada do texto deve ser avaliada pela direção da instituição.
Conforme apurou o ClickPB, a direção da Anvisa deve manter o veto aos produtos oficialmente chamados de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF). A categoria também inclui e-cigarettes, tabaco não aquecido, pods e vapers. O adiamento da decisão também pode ocorrer, caso um dos membros da cúpula da agência faça um pedido de vista, adiando o caso.
A cada três minutos, uma pessoa morre por tabagismo no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) 2019.
Em dezembro de 2023, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou a consulta pública. Foram registrados quase 14 mil participações. 59% das pessoas consultadas foram contrárias a comercialização da venda do cigarro eletrônico, enquanto que 37% manifestaram opiniões contrárias. A Anvisa proibiu a produção e venda do produto no Brasil em 2009, mantendo a decisão em 2022.
A Anvisa baseou suas decisões em estudos que ??mostram que o cigarro eletrônico faz mal à saúde. As publicações apresentadas estão relacionadas ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, câncer e inflamação dos pulmões. Além disso, o dispositivo traz risco de explosão da própria bateria, que pode causar lesões e morte.
O cigarro eletrônico contém concentrações elevadas de nicotina e níveis elevados de metais como o alumínio, associados à enfisema pulmonar ; cromo, relacionado ao câncer de pulmão, níquel, também ligado ao câncer de pulmão e do seio nasal e cobre, causador de danos ao fígado, rins e pulmões.
Fonte: clickpb.com.br